O conjunto de dados da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é um dado de saúde obtido do Ministério da Saúde do Brasil por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (Ministério da Saúde, 2021a). A vigilância SRAG começou com a pandemia de Influenza A (H1N1) em 2009.
Desde então, SRAG também é usado para relatar Influenza e outros vírus respiratórios, que anteriormente eram relatados apenas com a vigilância sentinela da síndrome da gripe. Além disso, em 2020, as infecções humanas causadas por SARS-COV-2 foram incorporadas à vigilância SRAG.
Dada a gravidade da doença, todos os indivíduos em SRAG precisam de hospitalizações. O conjunto de dados contém informações individuais, não identificáveis, como local de residência (cidade), idade, sexo, estado infeccioso quando a pessoa necessita de internação (leitos clínicos ou UTI) ou se teve desfecho mortal, entre outros, (Ministério da Saúde, 2021a).
Portanto, os dados podem ser agregados para realizar análises de risco e estudos da evolução dinâmica dos casos graves de COVID-19 em nível municipal e também podem ser explorados para outras questões. Além disso, o conjunto de dados contém notificações desde 1º de janeiro de 2020 até a data e é atualizado semanalmente desde então em nosso projeto.
Os dados do SRAG estão licenciados sob a Creative Commons Attribution License cc-by (versão 4.0), ver (Ministério da Saúde, 2021a). Além disso, o conjunto de dados SRAG está disponível ao público e publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil. Portanto, não é necessária a aprovação de um comitê de ética para o uso desses dados, de acordo com as Resoluções 466/2012 e 510/2016 (artigo 1º, incisos III e V) do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Brasil.
O conjunto de dados SRAG tem um total de 162 colunas e mostrou um total de 1.264.480 registros (linhas) e um tamanho de 694 MB na última atualização de 19 de agosto de 2021. Um código com mais detalhes sobre as variáveis, processamento de dados e métodos de análise é apresentado em nosso diretório Github.
Todos os casos do SRAG terão uma classificação final dada pelas equipes de vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde. Porém, dado o número de pacientes cadastrados, eles podem não ser classificados a tempo (alguns até encerrados e não mais analisados). Para superar tal dificuldade, nossa equipe aplicará um algoritmo de classificação para dar um pré-diagnóstico dos casos no SRAG que não possuem classificação final. O algoritmo é aplicado às informações de sintomas disponíveis no conjunto de dados.